1 mar. 2025 - 30 dez. 2025
700 anos da morte do rei D. Dinis
Centro Histórico de Leiria
700 anos da morte do rei D. Dinis
01 mar. 2025 10h00
30 dez. 2025 12h00

700 anos da morte do rei D. Dinis

Centro Histórico de Leiria
Leiria
700 anos da morte do rei D. Dinis

Sinopse

Cognominado O Lavrador e o Trovador, D. Dinis (n. 1261 – m. 1325) exerceu o seu reinado entre 1279 e 1325 com sabedoria e diplomacia. Aproveitando a finalização da Reconquista e a estabilidade interna deixada pelo seu pai, D. Afonso III, definiu as fronteiras de Portugal, afirmou a autoridade régia, fomentou a economia e floresceu as artes e a cultura, entre outros feitos.

No ano em que se comemoram os 700 anos da sua morte, o Castelo de Leiria convida a rememorar aquele monarca que tantas marcas deixou no território leiriense. 

01 mar. 2025 15h00

Visitas Orientadas no Castelo de Leiria

Castelo de Leiria
Leiria
700 anos da morte do rei D. Dinis

Sinopse

No ano em que se comemoram os 700 anos da sua morte, o Castelo de Leiria convida a rememorar o monarca que tantas marcas deixou no território leiriense. De março a dezembro de 2025, são propostas visitas temáticas em torno de D. Dinis e seu legado, que evidenciam aspetos do castelo e da então vila medieval que ajudou a desenvolver e prosperar.

 

PROGRAMAÇÃO

1 de março

15h - As estadias régias em Leiria de D. Dinis e de D. Isabel de Aragão

D. Dinis foi um dos monarcas que mais tempo estanciou em Leiria. Juntamente com a rainha D. Isabel de Aragão, os infantes, e os membros da corte, criadagem e escolta que sempre acompanhavam as itinerâncias régias, D. Dinis habitou nos Paços de São Simão ou a par de São Pedro, situados na antiga cerca da vila medieval, atual Núcleo C do Castelo de Leiria. Das suas ações na governação do reino, destacam-se as políticas de desenvolvimento específicas para o território leiriense, em particular nas Terras de Ulmar (como eram conhecidos na época os Campos do Lis), bem como as reformas no castelo.

26 de abril

15h - D. Dinis e D. Isabel de Aragão – memórias perpétuas nas lendas do Castelo e do Concelho de Leiria

Nesta visita coloca-se em evidência a popularidade de D. Dinis e de D. Isabel de Aragão, perpetuada na memória dos leirienses através das inúmeras estórias e lendas em torno destas duas amadas figuras históricas. A bondade da Rainha Santa e sua compaixão pelos menos afortunados é exaltada na célebre lenda do “Milagre das Rosas”. Já a personalidade forte e impetuosa do rei encontra-se presente na origem dos topónimos de Amor e de Segodim e respetivas lendas.

3 de maio

15h - Os Conflitos de 1319-24 e os 701 anos da Torre de Menagem do Castelo de Leiria

Em maio comemoramos os 701 anos da (re)construção e ampliação da Torre de Menagem do Castelo de Leiria. Esta obra iniciada a 08 de maio de 1324, constitui um símbolo do poder régio de D. Dinis e um aviso aos leirienses. É que Leiria colocara-se ao lado do futuro D. Afonso IV, na sua revolta contra o pai, desencadeando um grave conflito entre D. Dinis e o herdeiro da coroa nos anos de 1319 a 1324.

12 de julho

15h - Conquistas e Reconquistas – as lutas pelos territórios entre Mondego e Tejo e a fundação do Castelo de Leiria no século XII

Para compreender a ligação de D. Dinis a Leiria durante o seu reinado é importante recuar a épocas anteriores, nomeadamente às origens do castelo. Deste modo, passamos a “pente fino” o período histórico designado por “Reconquista”, bem como as motivações para D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, ter vindo implantar o castelo num intrigante morro deste território entre a serra e o mar. 

2 de agosto

15h - A presença de Santa Cruz de Coimbra no Castelo e na Vila de Leiria (séc. XII-XVI)

Foi ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra que D. Afonso Henriques entregou na década de 1150, a administração eclesiástica da Igreja de Santa Maria da Pena do Castelo de Leiria (que D. Dinis mandou reformar) e de todo o priorado de Leiria. Posteriormente são anexados à igreja os espaços da Colegiada, onde residia um considerável número de cónegos e clérigos crúzios. O domínio eclesiástico de Santa Cruz de Coimbra manteve-se até 22 de maio de 1545, data da criação da Diocese de Leiria.

6 de setembro

15h - Nascimento e Crescimento da Vila Medieval de Leiria à sombra do seu Castelo

Leiria “nasceu” à sombra do seu castelo. A antiga vila medieval foi-se desenvolvendo na cerca amuralhada (atual Núcleo C do castelo) mandada construir por D. Sancho I durante o seu reinado (1185-1211). A sua importância é reconhecida por D. Afonso III, pai de D. Dinis, porquanto em 1254 convoca em Leiria as Cortes, onde pela primeira vez, para além da nobreza e do clero, estiveram (e passariam a estar) presentes representantes do povo, nomeadamente homens-bons dos concelhos.  

4 de outubro

15h - As muralhas do Castelo de Leiria e a inscrição de D. Afonso IV

Afonso IV passou com seus pais, D. Dinis e D. Isabel de Aragão, muito tempo da sua infância em Leiria. Talvez por isso a tenha querido beneficiar com obras no recinto fortificado do castelo. Conforme atesta uma inscrição, D. Afonso IV terá mandado erigir um novo pano de muralha da cerca da vila em 1342, próximo das Portas do Norte ou de Coimbra, cuja reconstrução foi atribuída a D. Dinis.

22 de novembro

15h - Influências inglesas nos Paços Novos do Castelo de Leiria: Do quotidiano ao requinte das noites palacianas

Das mais antigas alianças da Europa destaca-se a luso-britânica. No século XIV, em consequência dessa aliança entre o reino de Portugal e o reino da Inglaterra contra o eixo França-Castela, D. João I contrai matrimónio com D. Filipa de Lencastre (Philippa of Lancaster), filha do Duque João de Gante (John of Gaunt), filho do rei Eduardo III de Inglaterra. D. Filipa de Lencastre traria consigo o protocolo e o requinte da corte inglesa. Nas suas estadias nos Paços Novos do Castelo de Leiria podemos imaginar a sumptuosidade do espaço e os deleites nas noites de lazer que ali decorreram.

13 de dezembro

15h - Alcaides-Mores do Castelo de Leiria - Os Barba Alardo

Os alcaides-mores tinham como principal função o comando da guarnição militar do castelo, exercendo ainda superintendência sobre a administração da vila. A Família Barba Alardo assumiu a alcaidaria-mor do castelo desde 1445 com D. Fernão Martins ou Rodrigues de Sousa Barba Alardo, até 1848 com D. Gonçalo Barba Alardo de Menezes Barros e Lencastre, o último alcaide-mor de Leiria.

 

Público-alvo: População em geral

Preço: Incluído no bilhete de acesso ao castelo

Informações e inscrições: castelo@cm-leiria.pt ou 244 839 670 (chamada para rede fixa nacional)

22 mar. 2025 12h00

Ciclo de Música Medieval de Leiria

Castelo de Leiria
Leiria
700 anos da morte do rei D. Dinis

Sinopse

A poesia medieval assumiu muitas formas: a cantigas de amigo, de amor, de escárnio e maldizer, e as albas. Muitas vezes, estes poemas eram escritos de diferentes maneiras e eram identificados pelos seus personagens e contextos, em vez de pela sua forma. As Cantigas de Amor e poemas são talvez as fontes mais ricas de poesia de Portugal medieval.

O Ciclo de Música Medieval de Leiria pretende dar a conhecer à população esta parte tão rica da história da nossa cidade.

 

PROGRAMAÇÃO

22 de março

15h - Qual é a Cantiga? - Oficina

16h30 - Cantigas de D. Dinis Recompostas - Concerto TWB Ensemble

Na oficina serão apresentados exemplos destes estilos de poesia, muitos deles da autoria do próprio Rei D. Dinis. Os participantes poderão aprender a identificar os tipos de poemas. Cada obra será apresentada num painel trilíngue, nos originais galaico-português ou português arcaico, português moderno e inglês.

O concerto traz aos dias de hoje as canções do Rei Trovador. Na era medieval, uma técnica conhecida por contrafactum, era utilizada para atribuir nova composição a letras já existentes (e vice-versa). Inspirado nesta técnica, TWB apresenta melodias originais no estilo da época para dar vida às Cantigas de D. Dinis das quais se desconhece a música que tenha sobrevivido até aos nossos tempos. O concerto inclui ainda declamação de poesia medieval.

31 de maio

15h - Cantigas de Amor - Oficina

16h30 - Pelo Amor dos Trovadores - Concerto CMML2025

Na oficina analisar-se-á em conjunto a bela poesia escrita pelo Rei D. Dinis e os seus trovadores contemporâneos. Serão observadas as diversas artes das palavras usadas para descrever uma variedade de emoções sentidas pelo amante em relação ao amor. Os poemas serão apresentados num painel trilíngue (galaico-português/português arcaico, português moderno e inglês) para que cada participante a recite no idioma de sua escolha.

O concerto destaca as Cantigas de Amor, um género medieval de poesia secular celebrado pelas suas expressões intrincadas de amor e admiração. Será apresentada uma seleção de obras de D. Dinis, o Trovador, e dos seus contemporâneos, jograis e trovadores, cujas cantigas foram preservadas nos manuscritos históricos do Cancioneiro de Ajuda, Cancioneiro Biblioteca Nacional e Cancioneiro Vaticana.

2 a 5 de julho

10h - Residência Artística

Ao longo de quatro dias, o público terá a oportunidade de explorar composições do Rei-Trovador, interpretadas por um elenco de músicos excecionais. A residência inclui, para além do concerto final, ensaios abertos ao público, uma conversa sobre a obra de D. Dinis e um showcase de Eduardo Paniagua. As obras, transcritas por TWB Ensemble a partir do Pergaminho Sharrer, serão o foco central da residência que também marca os 35 anos da descoberta deste importante documento.

27 de setembro

15h - Declamar Maldizeres! - Oficina

16h30 - Cantigas de Escarnio e Maldizer - Concerto

A voz da mulher é frequentemente associada às Cantigas de Amigo da Idade Média. Nesta oficina analisar-se-á de perto a "Amiga", por meio de poemas escritos por D. Dinis, o Rei Trovador, assim como de outros trovadores e jograis da Ibéria medieval. Os poemas serão apresentados em galaico-português ou português arcaico, português moderno e inglês. 

No concerto, a melancolia e a saudade estarão presentes na sua forma mais pura. Será também declamada a poesia de D. Dinis, as suas mais belas Albas, Pastorais e Cantigas de Amigo, ao lado de muitas outras figuras da música e da palavra, seguidas por melodias icónicas da música secular de Portugal medieval e da Galiza.

25 de outubro

15h - Declamar Maldizeres! - Oficina

16h30 - Cantigas de Escarnio e Maldizer - Concerto

Nesta oficina os participantes terão a oportunidade de observar a "Liberdade de Expressão" dos tempos medievais! Será analisada a poesia nas vozes de homens e mulheres, criticando os seus parceiros, colegas, governantes e quaisquer outras pessoas, sem distinção. Por vezes espirituosas e mordazes e por vezes, simplesmente engraçadas, algumas dessas poesias são da autoria de D. Dinis.

Neste concerto declamado, a poesia é dita em português moderno. Este concerto revela as duras verdades sobre os músicos medievais: pessoas de classe alta que afinal eram bastante rudes e tinham muitos segredos sombrios.

20 de dezembro

15h - Construção dos Instrumentos dos Trovadores - Exposição e Oficina por Orlando Trindade

16h30 - Comemorar o Rei Poeta - Concerto TWB Ensemble

A exposição, apresenta instrumentos musicais que trovadores e jograis contemporâneos de D. Dinis poderão ter utilizado assim como os materiais e ferramentas utilizados na construção dos mesmos.

Na oficina os participantes poderão observar os intrumentos em diferentes etapas de construção, aprender sobre técnicas medievais de lutheria e experimetar os diversos materiais. 

TWB Ensemble embarca numa viagem através das Cantigas de Amor, de Amigo, de Escárnio e Maldizer e Albas atribuídas ao próprio Rei-Poeta. Este concerto conta com melodias originais de D. Dinis, melodias em contrafactum, melodias baseadas em manuscritos históricos e declamações poéticas musicadas ao longo de todo o concerto.

 

Público-alvo: População em geral

Preço: Incluído no bilhete de acesso ao castelo

Informações e inscrições: castelo@cm-leiria.pt ou 244 839 670 (chamada para rede fixa nacional)