CICLO DE CINEMA NEORREALISTA COMENTADO
Sinopse
O Ciclo de Cinema Neorrealista Comentado resulta de uma parceria entre o m|i|mo – museu da imagem em movimento e o Museu do Neo-Realismo.
Com a seleção de um conjunto de oito filmes, propõe-se uma reflexão sobre as conexões entre o cinema e as artes visuais, e a influência determinante do neorrealismo em cinematografias de diversas latitudes.
O Ciclo traz-nos desde os clássicos italianos, que ajudaram a afirmar definitivamente o movimento, até obras recentes que reinterpretam o real com uma visão dos nossos dias.
Títulos como Roma, Cidade Aberta (1945), de Roberto Rossellini, e Ladrões de Bicicletas (1948), de Vittorio De Sica, são pilares do neorrealismo italiano, retratando a vida quotidiana e as lutas sociais no pós-guerra com uma sensibilidade humanista e uma abordagem quase documental.
A inclusão de obras de Manuel Guimarães, como Saltimbancos (1951) e Nazaré (1952), destaca a relevância do neorrealismo no contexto português. Guimarães é frequentemente considerado o realizador português que melhor incorporou, no cinema, os princípios desta corrente artística, focando-se nas vidas das classes desfavorecidas e nas desigualdades sociais.
A Fábrica do Nada (2017), de Pedro Pinho, representa uma visão contemporânea do realismo, demonstrando como as questões levantadas pelo neorrealismo – como a luta dos trabalhadores, a alienação e a crítica social – permanecem urgentes e relevantes.
São convidados a comentarem os filmes David Santos, Pedro Florêncio, Luciana Fina e Pedro Pinho.
Para além das sessões para o publico em geral, estão programadas quatro sessões para o público escolar, que oferecem oportunidade aos jovens estudantes de refletirem sobre questões sociais e humanas, como desigualdades, pobreza e resistência, através de filmes que continuam a ser extremamente relevantes. Este ciclo permite ampliar a sua consciência crítica, percebendo como o cinema pode ser uma poderosa ferramenta para questionar e representar a realidade.