Vermelho Bruto – Indie Lisboa
Sinopse
Menção Especial Competição Internacional
Num momento em que o Brasil se estava a tornar uma democracia (1985-1995), quatro mulheres — Jô, Eunice, Alessa e Fabiana— tornavam-se mães ainda na sua adolescência. A evolução política e a entrada abrupta na vida adulta e na maternidade mesclam-se num filme que mostra o seu espaço doméstico, construído a partir de arquivos pessoais e imagens contemporâneas, filmados pelas protagonistas em 2018, durante a campanha de eleição de Jair Bolsonaro.
Brasília, 2018. Contrastando com os monumentais prédios governamentais, vemos xícaras de café, pés cansados após um dia de salto alto, a escuridão do caminho de volta após um longo turno. Os resultados das eleições presidenciais de Jair Bolsonaro na barulhenta TV, e uma criança chorando. Uma mãe, explicando calmamente ao filho o que aconteceu.
Uma imersão na vida das quatro mulheres e mães – Alessa, Eunice, Fabiana e Jo, que testemunharam o processo de redemocratização do Brasil (1985-1995). Seus arquivos se misturam com o seu cotidiano, assim como as histórias de vidas vividas com a tensão do momento político atual. Entre os objetos e tarefas triviais, filmadas pelas protagonistas, revelam-se os inesperados gestos de resistência.
A escolha de trabalhar com imagens amadoras, dando-lhes o tempo de que precisam, questiona, como diz a realizadora Amanda Devulsky, o que é a informação e o que é o ruído, quem é a figura e o que é fundo, tanto na política quanto no cinema. (Anastasia Lukovnikova)
Ficha técnica
REALIZADOR: Amanda Devulsky
ATORES: Alessa, Eunice, Fabiana, Jo
PÚBLICO-ALVO: M/16
DURAÇÃO: 205 min.
GÉNERO: Documentário / Experimental
DISTRIBUIÇÃO: Indie Lisboa
ANO: 2022
ORIGEM: Brasil