José, O Pai
Sinopse
Autoria e encenação Elmano Sancho
As ficções dramáticas sempre se interessaram pelas famílias infelizes, basta lembrar os Átridas. Talvez porque, parafraseando Tolstoi, as famílias felizes nada têm de particular, ao passo que cada família infeliz é infeliz à sua maneira. “Crise” e “incomunicação” são palavras-chave para acedermos a José, o Pai, o último capítulo (depois de Maria, a Mãe e de Jesus, o Filho) da trilogia A Sagrada Família, projeto de longo curso de Elmano Sancho. “Há sempre uma violência iminente na família”, acredita o dramaturgo, ator e encenador. “Porque é o espaço mais íntimo que temos, e com a intimidade vem o amor, mas também a violência.” José, um ator velho e desempregado, renuncia ao papel de pai, vítima de um mundo que exige novas formas de autoridade. Mas José – para onde convergem as figuras de Deus Pai e do Diabo – não cede o seu lugar. José, o Pai coloca em tensão os arquétipos da cultura patriarcal e as relações entre arte/performance e religião/ritual.
ESPETÁCULO APOIADO PELA DGARTES/ RTCP
Ficha técnica
ACTORES: Djucu Dabó, Isadora Alves, Jorge Pinto, Sílvia Filipe
CENOGRAFIA: Samantha Silva
FIGURINOS: Ana Paula Rocha
DESENHO DE LUZ: Pedro Nabais
ASSISTÊNCIA DE ENCENAÇÃO: Paulo Lage
COPRODUÇÃO: Loup Solitaire, Teatro da Trindade, Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, Cine-Teatro Louletano, Teatro das Figuras, Teatro Nacional São João
Outras Informações
PÚBLICO-ALVO: M/16
DURAÇÃO: 1h15m