«Leiria Convida» com Marta Pais Oliveira
Sinopse
As reflexões de um dos maiores pensadores contemporâneos
Um dos grandes pensadores portugueses partilha influências, reflexões, perguntas e muito do tanto que ensinou e aprendeu. A infância em Moçambique, a brincar com os negros, com cobras aos ombros e a vestir o fato de banho
para ir apanhar chuva, vendo as mulheres de seios despidos e seguindo a sua dança, é apenas o começo da biografia de um menino, conhecido como Zeca, que, aos oito anos, queria escrever um livro como Guerra e Paz e, aos treze, leu Marx sem ter percebido nada, julgando ter compreendido tudo. Só depois vieram a juventude solitária, o regresso à metrópole e a um país comprimido politicamente, a Sorbonne, o Maio de 68 dentro e fora da academia, as aulas de filosofia no ensino secundário, o trabalho como motorista de ambulância de uma clínica psiquiátrica, para estudar os loucos, a Córsega, a experiência política, a análise do carisma dos líderes e o prazer vital de trabalhar.
Só muito mais tarde, com o ensaio Portugal, Hoje – O Medo de Existir, um fenómeno que dominou os tops de vendas, o protagonista deste livro se tornou amplamente reconhecido. Nestas páginas, e entre muitos outros assuntos, o Professor José Gil aborda o sentimento doloroso, mas também de liberdade, de ser moçambicano, francês e português, o fracasso da democracia, que defende ser necessário reformular, a ascensão do populismo e do fascismo, a lentidão das respostas aos problemas globais e a urgência de pensar para lá das ilusões e manipulações, que se assume como um dos mais fortes gestos de resistência perante o perigo de continuarmos a escrever a História com uma mão e a apagá-la com a outra.
Ficha técnica
Organização
Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira
Outras Informações
Entrada gratuita
Público-alvo: População em geral
BIOGRAFIA
Marta Pais Oliveira escreve ficção, poesia e textos para ópera e teatro. É autora dos romances Escavadoras, vencedor do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, Faina e de vários contos. Em criança dizia «bigo» e ainda não se conforma que seja umbigo. Acredita no poder da palavra e dos imaginários livres que abre.